uma maneira de contar a verdade

domingo, 2 de setembro de 2007

As coisas nunca foram fáceis. E pego-me na mania de achar tudo muito difícil. Bem,  por volta dos cinco anos, quando eu e meu irmão andávamos pelo quintal da casa de meu tio Amaury que morava ali mais minha avó Linda, caí numa caixa de gordura cuja tampa de ferro fora esquecida aberta.   Minha avó, Linda, na cozinha fazendo seus feijão gostoso chamou pelo meu nome.
E pegou-me pelas pernas- eu estava com a cabeça afundada na caixa de esgoto-  e me deu um banho para livrar-me da sujeira . Com uma toalha enxugou-me e cuiudou de batizar-me com o filho padre de uma  amiga sua, Risa. Rápida, providencial. Não foi a primeira vez que minha avó me salvara. Um dia, num passeio ao alto de uma montanha, na Floresta da Tijuca, meus pais se esqueceram de mim. Claro que minha avó lembrou-se. E o carro voltou. Eu já muito conformado a ficar sozinho, perdido, olhava para longe, pensando em como ia ser, desiludido mas, curioso, confiante..
Quando entrei no carro,de volta, contaram-me que disse "engraxado". Tinha problemas de fala. Aliás nunca fui muito dado a falar, sempre fui dado a inventar a fala. Até talvez dê pouca importância aos fatos, mas muito à linguagem. Como uma aventura não - cotidiana, mas atual, meio que eterna vai ver, quando passei à poesia, sempre desiludida. Quando graduando de Comunicação Social, depois dos meus 20 anos com meus amigos,  comecei a me soltar verbalmente num "pé-sujo"junto com um comportamento que chamou muita atenção, e admiração, para mim. Falava com humor, personalidade. Época do  sucesso nas rádios do Tears for Fears. A música Shout. Era final da ditadura militar, tocava muito. Eu compus uma letra para um grupo de Rock ali. Letra existencial que foi considerada surrealista, devido a nela poder ser identificado imagens não-convencionais. Fez\ sucesso, lançou um cantor.Virou meio que um hino cult dos anos 80, exatamente no tempo em que adoeci. Meio  alcóolatra, intoxicado, cheguei a desenvolver uma pancreatite depois da qual curei-me por exercícios der espiração yogi. Ao mesmo tempo que senti-mei abandonado por aquela turma. Mas me visitarem quando internei-me na Santa casa para uma operação de hemorróidas.  Então,troquei Comunicações por Letras. Acordava todo dia muito cedo, tomava ônibus superlotado e ficava em aulas só com mulheres sem muito brilho, mas colegas, decorando diminutivos...larguei a faculdade sem tancar a matrícula. Tempo depois cursaria Letras, fazendo especialização e Mestrado.

DEUS ACOMPANHA

 passei de um estado de atenção ( SÒDEUS acompanha, formação da significação - o que uma palavra suscita dentro de universo de vivência)a uma intensidade em que observei que toda esta intensidade, remetia-me ao despertar de desejo, intensidade ( antes era...como se algo despertasse em mim a elaboração da atenção, a contemplação... a significação pura . . .depois houve desvios possíveis de significantes que podem turvar um entendimento verdadeiro, outro... porque antes o objeto era vago(?)...era elaborar as frases dos cartazes de aulas particulares...dai passei para uma intensidade que observou uma criação calma e com o pai contente...quando o pai me olhou pensei que poderia pensar que eu era pedófilo. olha só o significante me desviando...porque o universo no momento era a pergunta sobre que palavras suscitariam a atenção dos leitores do cartaz...ao mudar o desenho deste objeto para uma atenção direta...observei antes do significante porque os discursos que se nos grudam nos enchem a cabeça de tanta coisa!